Atendimentos por intoxicação alimentar crescem 145% na região: entenda riscos à saúde pelo consumo de carne estragada

Comer carne fora da validade ou armazenada de maneira incorreta pode levar a internações e doenças graves; na segunda (17), Polícia Civil apreendeu 37 toneladas de produto impróprio para o consumo em Hortolândia.
Os casos de intoxicação alimentar cresceram 145,7% nas regiões de Campinas e Piracicaba. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram 118.066 atendimentos ambulatoriais nas áreas dos dois Departamentos Regionais de Saúde ao longo de 2024, contra 48.035 do ano anterior.
Parte dos atendimentos envolve a ingestão de produtos contaminados, impróprios para o consumo humano, com o caso de carnes fora do prazo de validade ou armazenadas de maneira incorreta.
E as apreensões de alimentos estragados têm ocorrido com frequência na região. Na segunda (17), polciais civis apreenderam 37,5 toneladas de carne imprópria para o consumo em um frigorífico de Hortolândia.
O advogado que representa o frigorífico contestou a ação policial sem a apresentação de mandado de busca e apreensão, informou que os produtos armazenados possuem “plena procedência”, e defendeu que as carnes localizadas no pátio estavam em processo de carregamento, “não configurando qualquer irregularidade.”
A operação foi deflagrada pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana (SP), que localizou o estabelecimento após trabalho de investigação e inteligência.
Segundo a Polícia Civil, as condições higiênicas do frigorífico encontravam-se precárias, com “os 37.595 kg de carne armazenados de maneira imprópria, com algumas peças sem etiqueta de prazo de validade e aparentemente estragadas”.
A Vigilância Sanitária acompanhou a operação, realizando a fiscalização e interditando o local. A perícia foi acionada pela Polícia Civil.